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OS DESAFIOS DAS EMPRESAS NA BUSCA POR NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS
São Paulo – Boa parte das empresas tem consciência de que é preciso ter sustentabilidade social, ambiental e econômica para garantir a perpetuidade do negócio.
No entanto, colocar o conceito em prática, para controlar os impactos trazidos pelas companhias e ganhar com isso, ainda é um grande desafio.
Exemplos de empresas que estão conciliando preservação e lucro foram apresentados durante o EXAME Fórum Sustentabilidade, que aconteceu na manhã de hoje, em São Paulo.
Participaram Roberto Waak, presidente da Amata, Juliana Lopes, diretora de sustentabilidade da Amaggi e Plínio Ribeiro, presidente da Biofílica, grande produtora em serviços ambientais.
Cada um deles, falou um pouco sobre a empresa e seus desafios na área. Em consenso, todos falaram sobre a importância de as empresas trabalhar junto da sociedade e do governo.
“A área de sustentabilidade é a mais excluída dentro da empresa”, disse Juliana Lopes. Porque é como se você representasse uma Ong dentro dela e um diabo fora dela”.
Segundo Juliana, é difícil encontrar um equilíbrio que permite a empresa crescer e se manter sustentável.
Para a Amaggi, que é uma das maiores produtoras de soja do mundo, o principal empasse é sobre a certificação das sojas tanto transgênicas quanto não-transgênicas.
São mais de 50 certificações no mundo e cada uma tem uma diretriz própria. “Além disso, colocar essa validação nos produtos finais é uma escola dos nossos clientes”, diz ela.
Tanto Waack quanto Ribeiro, cujas empresas trabalham na preservação e estudo de biodiversidade florestal (Amata) e planejamento sustentável (Biofílica), colocar em prática as metas propostas pelo governo brasileiro para 2030 será um desafio e tanto.
Em setembro, durante a Cúpula da ONU sobre desenvolvimento sustentável, o Brasil se comprometeu a reduzir as emissões de carbono em até 43% de 2005 a 2030.
Para tanto, o país deverá ter 12 milhões de hectares reflorestados até lá.
“Hoje, mesmo o país sendo o líder mundial de produção de celulose, temos 7 milhões de hectares reflorestados. Será um desafio e tanto”, afirma Ribeiro.